Sempre gostei do desenho e de desenhar e desde que me conheço dei comigo com o lápis na mão a rabiscar. Ainda com 3 ou 4 anitos, ensinou-me o meu avô materno a desenhar uns belos cães e a partir desse momento os cachorros invadiram tudo quanto era papel, mesmo dos saudosos “Comércio do Porto” e “O Primeiro de Janeiro”. Até mesmo algumas folhas da cédula de nascimento de minha mãe foram carimbadas com alguns desses valentes cães, com o pelo eriçado. Valentes foram também os tabefes que apanhei por causa dessa ousadia. A partir daí compraram-me uma Sebenta, com folhas branquinhas, e os cães ganharam outra sentido, já sem a confusão das letras dos jornais ou sem os assentos de casamento dás cédulas. Por isso, qualquer desenho que por aqui publique, simples ou mais rebuscado, tem como única pretensão a de recordar os rabiscos que fazia no meu tempo de criança e que norma geral me davam sempre boas notas nos testes. Nessa altura da escola primária, um teste resumia-...