O tempo das coisas
Aqui há dias, um pouco antes da passagem de ano, assistia na RTP a uma das costumeiras e triviais reportagens da época, numa qualquer pastelaria, numa espreitadela sobre a confecção do popular bolo-rei. Para além de tudo o que se viu e ouviu, retive a afirmação de que apesar desta ser a época alta, todavia o bolo-rei confecciona-se e consome-se todo o ano. De facto assim é, como também é verdade realativamente a muitos produtos de origem sazonal ou identificados com épocas específicas. É o caso do bolo-rei, conforme referimos, mas também o pão-de-ló e as amêndoas, tradicionalmente ligadas à festividade da Páscoa, as rabanadas, ligadas ao Natal, etç, etç. No caso das frutas: Noutros tempos, no nosso país, morangos e melões vendiam-se nos meses de Verão, as cerejas em Maio e Junho, as castanhas, nozes e figos no Outono e por aí fora. Hoje em dia, pelos efeitos da globalização, desenvolvimento das tecnologias de produção, confecção e armazenamento e conservação, temos quas