Esta é uma das mais fortes imagens relacionadas com o nosso tempo de criança. Brincar às casinhas era uma forma de imitar a realidade dos adultos, nas tarefas do quotidiano, mas também uma forma de viver, ainda que por instantes, num mundo próprio e fantástico. Mágico até. É certo que à imagem dos adultos, mas com um simbolismo muito infantil, instintivo, mas também imaginário. Não é de admirar, pois, que os brinquedos de outros tempos fossem imitações das coisas e dos objectos do dia-a-dia dos adultos. Desde logo as bonecas, também os apetrechos da casa, como os electrodomésticos, os móveis, a tábua de passar a ferro, os tachos, as panelas, a loiça e os talheres e também as roupas. Estes, claro, mais para as meninas. Para os rapazes, as ferramentas, os carros, os tractores, as máquinas, a bola, o pião, etc. Este leque de brinquedos permitia assim um ensinamento precoce para as coisas da vida real de uma forma instrutiva mas lúdica e imaginária. Hoje em dia, o contraste é enor