Miguel Torga - Evocação
Miguel Torga, um nome incontornável da literatura portuguesa, é dos nossos preferidos. Temos, por isso, já evocado aqui a sua memória. Ontem passaram 17 anos sobre a sua morte (17 de Janeiro de 1995 - Coimbra). De forma singela, e com um novo rabisco, fica aqui a evocação. A um negrilho Na terra onde nasci há um só poeta Os meus versos são folhas dos seus ramos. Quando chego de longe e conversamos, É ele que me revela o mundo visitado. Desce a noite do céu, ergue-se a madrugada, E a luz do sol aceso ou apagado É nos seus olhos que se vê pousada. Esse poeta és tu, mestre da inquietação Serena! Tu, imortal avena Que harmonizas o vento e adormeces o imenso Redil de estrelas ao luar maninho. Tu, gigante a sonhar, bosque suspenso Onde os pássaros e o tempo fazem ninho! Tópicos relacionados: Miguel Torga - 12 de Agosto de 1907 Um palmo de sonho