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Estranhos tempos

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    Vão estranhos os tempos e o tempo. Ainda ontem, na visita regular à casa paterna, aos domingos de manhã, vi que a velha ameixoeira estava toda florida, certamente enganada no seu calendário biológio por um Outubro estival. Claro está que dali não se espera fruto e aquela beleza efémera tem os dias contados e prazo marcado com o primeiro frio a sério. Este quadro, anormal, diga-se, serve de reflexão para outras considerações ou pensamentos: Remete-nos para a realidade dos novos tempos, em que as pessoas florescem demasiado cedo, fora de estação , e passada a beleza efémera da floração, perante os primeiros rigores da vida, desfazem-se numa existência sem estrutura. No global, somos uma sociedade de florzinhas, vistosas, perfumadas, atraindo a si toda a espécie de insectos, mas, terminado esse período do antes parecer do que ser, poucos são os frutos e destes ainda menos os saudáveis pois o grosso será sempre uma fruta bichada, doente, mesmo que com uma aparência ext

Dia de S. Martinho

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S. Martinho – Tempo de lendas e tradições - Extracto do painel de azulejos na fronte da igreja matriz de S. Martinho de Cucujães – Oliveira de Azeméis

Coisas da chuva

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    Hoje, como habitualmente sempre que os trabalhos em part-time  o permitem, após o jantar fui fazer uma caminhada, cerca de 30, 40 minutos em passo apressado. Mas hoje acompanhou-me a chuva, a tal miudinha do tipo “molha-tolos”,  com algum vento à mistura. Ora como “quem anda à chuva molha-se”, é ditado velho e sempre actual, acabei por chegar a casa já um pouco molhado, sobretudo na zona das pernas. Longe de isso ser um incómodo, num certo sentido até propicia um leve prazer pois afinal é o contacto com os elementos da natureza e, não sendo regra, sabe bem. Esta simples ocorrência, contudo fez-me recordar tempos de criança em que chegado a casa da escola ou do trabalho do campo, molhado e a escorrer como um pintaínho, minha mãe mandava despir a um canto a roupa molhada e entregava-me um molho de roupa seca e aquecida ao lume para a muda. Meu Deus, como sabia bem aquele aconchego terno de roupa lavada e morna. Quase que apetecia apanhar uma molha todos os dias de Inverno.

Robinson Crusoé

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  " Robinson Crusoé " é um livro por demais conhecido, de fama, leitura e tradução universais, de autoria de Daniel Defoe , que conta as aventuras de um náufrago inglês numa ilha perdida algures no Pacífico. A figura e as aventuras de Robinson Crusoé têm sido motivo de diversas versões e adaptações, tanto em livro , como na banda desenhada, cinema e televisão. Em Portugal, em 1966, a então jovem RTP passava a série juvenil de televisão "Robinson Crusoé", do original "The Adventures of Robinson Crusoé",  produzida em 1965, com um total de 13 episódios de cerca de 30 minutos cada, realizada por Jean Sacha e produzida pela Franco London Film. Robinson foi interpretado por Robert Hoffmann, com narração de Lee Payant. A série exerceu um fascínio nos espectadores infanto-juvenis de então e certamente aguçou o espírito da brincadeira e aventura, tão fértil nessas viçosas idades.  

Sabonete LUX – Romy Schneider

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Cartaz publicitário de 1972 ao sabonete LUX relacionado à imagem da bela actriz Romy Schneider , que voltamos a recordar. Tópicos relacionados: 9 de cada 10 estrelas usam Lux Sabonete LUX - Cheirinho a mulher Sabonete LUX - Ursula Andress Sabonete LUX - Mulheres e glamour Sabonete Lux - Susan Strasberg Sabonete LUX – Pier Angeli Sabonete LUX – Mylene Demongeot Sabonete LUX – Claudia Cardinale

Agarre a sorte totobolando

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Novamente o Totobola nas nossas memórias. Desta vez um dos típicos cartazes, datado de Agosto de 1977, no arranque da 17º época do popular concurso de apostas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Anteriores artigos: Vamos jogar no Totobola Totobola

Plateia – Revista semanal de espectáculos

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    Hoje trago à memória a  “Plateia”, designada como a “Revista Semanal de Espectáculos”. Foi lançada no ano de 1951, em 1 de Abril, então com Luis Miranda como director, a quem sucedeu Baptista Rosa.  Era propriedade da Aguiar & Dias de Mário de Aguiar e António Joaquim Dias. Traduzia-se numa revista semanal (no início com periodicidade quinzenal), com um formato generoso, com muitas fotografias, a preto-branco, e diversos artigos relacionados com o mundo do espectáculo nacional e estangeiro. Na sua fase inicial tinha normalmente  32 páginas e mais tarde passou para as 70. Na época e durante muito tempo, era uma das janelas onde era permitido contemplar, subtraídas das suas roupinhas exteriores, as mais belas mulheres do mundo do entretenimento, da música, cinema e televisão. Eram frequentes as capas ou posters centrais (separatas) com estrelas de Hollywood. A “Plateia” teve um percurso de grande sucesso, sobretudo nas primeiras duas décadas da sua publ